“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua tranformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.” A.K.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DIFERENÇA entre SUICIDAS(suicidas conscientes - diretos) E NÃO SUICIDAS (suicidas inconscientes- indiretos)






SUICIDIO CONSCIENTE (DIRETO) 


O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Pesquisas assinalam que o comportamento suicida acontece em famílias, sugerindo que fatores biológicos e genéticos também desempenham papel de risco.
Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crônicos. Algumas pessoas nascem com certas desordens psiquiátricas tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio. Há os processos depressivos onde existem perdas de energia vital no organismo, num processo de desvitalização, ocorrendo interferência em todo mecanismo imunológico do ser.
Sob o ponto de vista sociológico o suicídio é um ato que se produz no marco de situações anômicas(*) em que os indivíduos se vêem forçados a tirar a própria vida para evitar conflitos ou tensões inter-humanas, para eles insuportáveis. Émile Durkheim registra que a causa do suicídio quase sempre é de matriz social ou seja, o ser individual é abatido pelo ser social. Absorvido pelos valores (sem valor) como o consumismo, a busca do prazer imediato, a competitividade, a necessidade de não perder, de ser o melhor, de não falhar, o homem se afasta de si e de sua natureza. Sobrevive de “aparências” para representar um "papel social" como protagonista do meio. E, nesta vivência neurotizante, ele deixa de desenvolver suas potencialidades, não se abre, nem expõe suas emoções e se esmaga na intimidade.
Há estudos que indicam que de 30 a 40% da população mundial irão ter depressão, pelo menos, uma vez ao longo da vida, mormente na juventude. Até porque o jovem sofre muito por não conseguir entender, nem se sentir entendido. Muitas vezes a sociedade se revela para ele, como referência  de amarguras e instabilidade. Deste modo, age e sente de forma volúvel e nem sabe porque. E se sente vazio em si e muito só. Destarte, passa facilmente do riso às lagrimas, da alegria à tristeza. E da tristeza, muitas vezes à depressão. Que se instala, devoradora, silenciosa e perversa. E o emudece, o asfixia, sobrevindo a irritabilidade constante, o  cansaço, o desânimo; as idéias de inutilidade e por fim o suicídio. Geralmente inconsciente de que “de todos os desvios da vida humana o suicídio é, talvez, o maior deles pela sua característica de falso heroísmo, de negação absoluta da lei do amor e de suprema rebeldia à vontade de Deus, cuja justiça nunca se fez sentir, junto dos homens, sem a luz da misericórdia”.[i] O autocídio significa o ponto alto da insatisfação, representa uma solução desesperada para fugir da depressão.  O "self" de quem se suicida sente-se naquele momento fragilizado a ponto de ser dominado pelo instinto da morte.
Até 70% das pessoas que cometem suicídio tinham sofrido de um distúrbio bipolar (maníaco-depressivo) ou um distúrbio do humor ou de exaltação/euforia (mania) desaguando numa depressão severa no período que antecedeu suas mortes.  O suicídio pode ocorrer tanto na fase depressiva como na fase de mania, sempre conseqüente do estado mental. A Doutrina Espírita esclarece que “o pensamento delituoso é assim como um fruto apodrecido que colocamos na casa de nossa mente.  A irritação, a crítica, o ciúme, a queixa exagerada, qualquer dessas manifestações, aparentemente sem importância, pode ser o início de lamentável perturbação, suscitando, por vezes, processos obsessivos nos quais a criatura cai na delinqüência ou na agressão contra si mesma.”[1]
Um indivíduo quando perde a capacidade de se amar, quando a auto-estima está debilitada, passa a ter dificuldade de manter a saúde física, psíquica e somática. André Luiz cita nas suas obras que “os estados da mente são projetados sobre o corpo através dos bióforos que são unidades de força psicossomáticas, que se localizam nas mitocôndrias. A mente transmite seus estados felizes ou infelizes a todas as células do nosso organismo, através dos bióforos. Ela funciona ora como um sol irradiando calor e luz, equilibrando e harmonizando todas as células do nosso organismo, e ora como tempestades, gerando raios e faíscas destruidoras que desequilibram o ser, . principalmente em atingindo as células nervosas.
Á rigor, não existe pessoa "fraca" a ponto de não suportar um problema, que ele julga, de certa forma, demasiado para si. O que de fato ocorre é que esta criatura não tem força de mobilizar a sua vontade própria para enfrentar os desafios. Joanna de Angelis assevera que o “suicídio é o ato sumamente covarde de quem opta por fugir, despertando em realidade mais vigorosa, sem outra alternativa de escapar”.[2]
O mais grave é que o suicida acarreta danos ao seu perispírito. Quando voltar a reencarnar, além de enfrentar os velhos problemas ainda não solucionados, terá acrescido a necessidade de reajustar a sua lesão perispiritual. Portanto, adiar dívida significa reencontrá-la mais tarde com juros somados com cobrança sem moratória. Na questão 920 do Livro Espíritos registra que a vida na Terra foi dada como prova e expiação e depende do próprio homem lutar com unhas e dentes para ser feliz o quanto puder amenizando as suas dores.[3]
Além de sofrer no mundo espiritual as dolorosas conseqüências de seu gesto o suicida ainda renascerá com todas as seqüelas físicas daí resultantes, e terá que arrostar novamente a mesma situação-provacional que a sua pouca fé e distanciamento de Deus não lhe permitiu o êxito existencial.
Certamente não cometeriam o autocídio se os que querem se matar soubessem que após o ato “o que [ocorrerá] é o choro convulso e inconsolável dos condenados que nunca se harmonizam! O que [ocorrerá] é a raiva envenenada daquele que já não pode chorar, porque ficou exausto sob o excesso das lágrimas! O que [ocorrerá] é o desaponto, a surpresa aterradora daquele que se sente vivo a despeito de se haver arrojado na morte!O que [ocorrerá] é a consciência conflagrada, a alma ofendida pela imprudência das ações cometidas, a mente revolucionada, as faculdades espirituais envolvidas nas trevas oriundas de si mesma! É o inferno, na mais hedionda e dramática exposição (...)”·[4]·.
Na Terra é preciso ter tranqüilidade para viver, até porque não há tormentos e problemas que durem para sempre. Recordemos que Jesus nos assegurou que " Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros" e "aquele que perseverar até o fim, será salvo"[5].
Ante o impositivo da Lei da fraternidade devemos orar pelos que se mataram, compadecendo-nos de suas dores, sem condená-los. Até porque "Todos os suicidas, sem exceção, lamentam o erro praticado e são acordes na informação de que só a prece alivia os sofrimentos em que se encontram e que lhes pareciam eternos." [6]
Tenhamos pois piedade dos que fugiram da vida pelas portas falsas do suicídio, pois eles carecem do amor, da graça e da misericórdia de Deus reveladas pela cruz, morte e amor de Jesus Cristo.
 Jorge Hessen
(*) Sociologicamente corresponde a uma situação em que há divergência ou conflito entre normas sociais, tornando-se difícil para o indivíduo respeitá-las igualmente E-Mail: jorgehessen@gmail.com  
  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

[1] Mensagem extraída do livro “PACIÊNCIA”, de Emmanuel; psicografado por Francisco Cândido Xavier
[2] Franco, Divaldo, Momentos de Iluminação, Ditado pelo Espírito Joanna de Angelis, RJ: ed. FEB.
[3] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2002, pergunta  920
[4] Pereira, Yvonne Amaral, Memórias de um Suicida, RJ: Ed FEB, 1975, Vale dos Suicidas
[5] MT 24:13
[6] INNOCÊNCIO, J. D. Suicídio. REFORMADOR, Rio de Janeiro, v. 112, n. 1.988, p. 332, nov. 1994


http://www.mundoespiritual.com.br/artigos.suicidio.suprema.rebeldia.htm  





SUICIDAS INCONSCIENTES (INDIRETOS)



O suicídio não consiste somente no ato voluntário que produz a
morte instantânea, mas em tudo quanto se faça conscientemente para apressar a extinção das forças vitais."
O Céu e o Inferno - Allan Kardec

O suicídio indireto, também citado na literatura como inconsciente é abordado com clareza no livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier.
Qualquer ato contínuo ou esporádico de irresponsabilidade para com o corpo físico, diminuindo o tempo esperado de existência é considerado como suicídio indireto ou inconsciente. Não se enquadram neste grupo os casos em que um irmão deseja de coração salvar o semelhante sem intenção direta de acabar com sua vida, esse caso é bem diferente dos suicidas que arriscam sua vida sem necessidade, que isso fique bem claro. Allan Kardec cita esse caso no livro O Céu e o Inferno:
"Não se pode tachar de suicida aquele que dedicadamente seexpõe à morte para salvar o seu semelhante: primeiro, porque no caso não há intenção de se privar da vida, e, segundo, porque não há perigo do qual a Providência nos não possa subtrair, quando a hora não seja chegada. A morte em tais contingências é sacrifício meritório, como ato de abnegação em proveito de outrem."
Voltando ao livro Nosso Lar, que atualmente também está disponível como filme, André Luiz mostra como o suicida inconsciente se encontra após a desencarnação, vagando pelo Umbral durante o período que deveria estar ainda encarnado.
Copiamos agora uma série de exemplos, incluindo o André Luiz no livro Nosso Lar, mostrando a interpretação espiritual sobre o suicídio indireto e levando com isso a reflexão sobre a própria existência, verificando se está ou não enquadrado atualmente nos "potenciais" suicidas inconscientes.
Sorridente, o velhinho amigo apresentou-me o companheiro. Tratava- se, disse, do irmão Henrique de Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual. Trajado de branco, traços fisionômicos irradiando enorme simpatia, Henrique auscultou-me demoradamente, sorriu e explicou:
- É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio.
Enquanto Clarêncio permanecia sereno, senti que singular assomo de revolta me borbulhava no íntimo.
Suicídio? Recordei as acusações dos seres perversos das sombras.
Não obstante o cabedal de gratidão que começava a acumular, não calei a incriminação.
- Creio haja engano - asseverei, melindrado -, meu regresso do mundo não teve essa causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal...
- Sim - esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a oclusão radicava-se em causas profundas. Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo.
E inclinando-se, atencioso, indicava determinados pontos do meu corpo:
- Vejamos a zona intestinal - exclamou. - A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enqüadrado nos princípios da fraternidade e da temperança.
Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca
imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no freqüentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.
Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou:
- Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua própria ação; que os rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas sagradas?
Singular desapontamento invadira-me o coração. Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia, continuava o médico, esclarecendo:
- Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçado patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não se consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.
Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas.
Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem. Talvez que, visitado por figuras diabólicas a me torturarem, de tridente nas mãos, encontrasse forças para tornar a derrota menos amarga.

Todavia, a bondade exuberante de Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a calma fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o espírito. Não me dilacerava o desejo de reação; doía-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as mãos, qual menino contrariado e infeliz, pus-me a soluçar com a dor que me parecia irremediável. Não havia como discordar. Henrique de Luna falava com sobejas razões. Por fim, abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extensão de minhas leviandades de outros tempos. A falsa noção da dignidade pessoal cedia terreno à justiça. Perante minha visão espiritual só existia, agora, uma realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera o ensejo precioso da experiência humana, não passava de náufrago a quem se recolhia por caridade.

Nosso Lar - Francisco Candido Xavier, pelo espírito André Luiz

PERANTE O CORPO
Cultivar a higiene pessoal, sustentando o instrumento físico qual se ele fosse viver eternamente, preservando-se, assim, contra o suicídio indireto.
O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
Precatar-se contra tóxicos, narcóticos, alcoólicos, e contra o uso demasiado de drogas que viciem a composição fisiológica natural do organismo.
Existem venenos que agem gota a gota.
Conduzir-se de modo a não exceder-se em atitudes superiores à própria resistência, nem confiar-se a intempestivas manifestações emocionais, que criam calamitosas depressões.
O abuso das energias corpóreas também provoca suicídio lento.
Distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-la contra os desvios suscetíveis de corrompê-la.
O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma.
Fugir de alimentar-se em excesso e evitar a ingestão sistemática de condimentos e excitantes, buscando tomar as refeições com calma e serenidade.
Grande número de criaturas humanas deixa prematuramente o Plano Terrestre pelos erros do estômago.
Sempre que lhe seja possível, respirar o ar livre, tomar banhos de água pura e receber o sol farto, vestindo-se com decência e limpeza, sem, contudo, prender-se à adoração do próprio corpo.

Critério e moderação garantem o equilíbrio e o bem-estar.
Por motivo algum, desprezar o vaso corpóreo de que dispõe, por mais torturado que ele seja.
Na Terra, cada Espírito recebe o corpo de que precisa.
"Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." — Paulo. (1ª epístola aos coríntios, capítulo 6, versículo 20.)
Conduta Espírita – Chico Xavier e Waldo Vieira, pelo espírito André Luiz

O CONTO DA MOSCA - Hilário Silva

- A impaciência é vício grave. Falta de caridade para consigo mesmo. Por isso, afirmava Jesus: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra" Isso quer dizer que o homem sereno desfruta o privilégio de mais extensa vida no corpo.
Jerônimo, o benfeitor espiritual, falava pelo médium, com grande acerto. E continuava:
- O suicídio indireto é, muitas vezes, praticado pelos cultores da intemperança mental. Em muitas ocasiões, basta um momento de indisciplina e a morte surge por nonadas.
A sessão terminou e todos exaltaram a excelência dos conceitos ouvidos. E Fraga, o contador de vários estabelecimentos comerciais, coçando nervosamente a cabeça exclamou risonho:
- Tão bons conselhos! Tão bons conselhos!
No outro dia, porém, o mesmo Fraga, entre os livros do escritório, no calor da tarde, via-se atarantado. Leve mosca zombava dele, procurando-lhe a calva. O zeloso contador tentava alcançá-la com um tabefe, aqui e ali, mas nada ... À maneira da personagem de Fedro, castigava improficuamente a si mesmo. Sentindo que ela se alojava, provavelmente pela vigésima vez, entre os seus raros cabelos, bateu fortemente no próprio crânio. A pancada, no entanto, fê-lo cair. Socorro. Aflição. Ocorrera a ruptura de vaso importante no cérebro, e Fraga, em poucas horas, se viu desencarnado.
Quando acordou, espantado, no regaço do piedoso Jerônimo, ao conhecer a própria situação, gritou, afobado:
- E agora, meu Deus? Que fazer?
O amigo espiritual, todavia, informou calmamente:
- Você já se encontra fora do corpo de carne há dois meses, mas apenas agora toma acordo de si. Já estudamos seu caso. Você estava avisado quanto aos perigos da impaciência e caiu, mesmo assim, no conto das moscas. Suicídio indireto, meu caro, suicídio sem nenhuma razão de ser. E você ainda dispunha de onze anos pela frente para trabalhar junto aos homens.
- E agora? Que faço?
O benfeitor espraiou o olhar pela casa de socorro terrestre em que se achavam e esclareceu:
- Já expliquei o problema aos nossos Maiores. Pela vida correta que você levou, decerto não merece o pavor das`regiões abismais. Mas também não está habilitado para subir. Ficará aqui mesmo.
- Aqui, onde? – indagou Fraga, assombrado.
- No hospital onde estamos.
- Com que fim?
- Ajudando aos enfermeiros...
- E fazendo o que?
Sem sorrir, Jerônimo explicou simplesmente:
- Aprendendo a ter paciência, você ficará durante algum tempo a espantar moscas...

A Vida Escreve - Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,
pelo espírito Hilário Silva
 
APOIO NO LAR

Com relação ao suicídio indireto, conhecemos de perto os companheiros que enveredam no excesso de drogas psicoativas.
Não se acham eles circunscritos aos resultados do abuso de substâncias químicas psicoalteradoras que os marginalizam em sofrimentos desnecessários.
Se atravessam as barreiras da desencarnação em semelhante desequilíbrio, conservam no corpo espiritual os estigmas da prática indébita que os levou à degeneração dos seus próprios centros de força.
E podemos afirmar que não atingem o Mais Além na condição de trabalhadores que alcançaram o fim do dia, agradecendo a pausa de descanso e sim na posição de trânsfugas de sanatórios em que lhes cabia assistência mais longa.
Alucinados e dependentes das drogas que não souberam respeitar, demoram-se em regimes de reajuste e, quando recobram a própria harmonia, reconhecem-se dilapidados por si mesmos nos mecanismos e estruturas do veículo espiritual, preparando-se para reencarnações difícies em que o berço terrestre lhes servirá de cela hospitalar.
Este é o quadro que se nos oferece hoje na Terra quase como sendo catástrofe mundial nos dois lados da vida humana.

Caminhos de Volta - Francisco Candido Xavier, pelo espírito Emmanuel

PROBLEMAS DA MORTE

Milhares de criaturas regressam do templo da carne, cada dia, no mundo, aos planos da Vida Espiritual.
Raras, porém, abandonam a Terra, com o título do trabalhador que atendeu ao cumprimento das próprias obrigações.
Quase todas deixam o corpo denso pelo suicídio indireto.
Em todos os lugares do Planeta, vemos quem se envenena, Destacamos quem elimine a vida do estômago, superlotando o aparelho gástrico de viandas excitantes ou corrosivas.
Reconhecemos quem se confia a vícios multiformes, criando monstruosos vermes mentais que se encarregam de aniquilar as possibilidades orgânicas.
Identificamos quem anestesia as próprias forças, enregelando-se pela ociosidade sistemática.
Encontramos quem arme laços fatais aos próprios pés, movimentando ambições inferiores nas quais se conduz na luta de cada hora.
Vemos quem se asfixia ao calor das próprias paixões desenfreadas.
Observamos quem se sufoca no pântano dos próprios pensamentos delituosos e escuros.
Preservai o corpo, como quem reconhece no santuário da carne, o mais alto tesouro que o mundo é suscetível de oferecer.
A experiência na Terra não é conferida em vão.
Cada vida possui uma diretriz, um programa, uma finalidade.
Aquele que se ajusta à Divina Vontade incorpora a sua tarefa à obra incessante do Bem Infinito.
Se tendes de doar as próprias energias, sem receio da morte, aprendamos com Cristo a ciência do sacrifício pessoal pelo bem de todos.
Auxiliar constantemente, velar pelos que sofrem, amparar os que se transviam, extinguir as trevas da ignorância e balsamizar as feridas do próximo constituem esforço de renunciação que nos leva ao Plano Superior.
Muitos se matam na Terra.
Poucos morreram para que outros possam viver dignamente.
Não nos esqueçamos de que enquanto Pilatos, com aparente tranqüilidade, comprava o remorso que o conduziria ao suicídio direto, através da justiça mal aplicada, Jesus expirava no madeiro, entre angústia do próprio coração e o sarcasmo dos que assistiam, adquirindo, porém, a glória da ressurreição que acendeu no mundo a luz da imortalidade para todos os séculos terrestres.

Livro Harmonização - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel

Logo estávamos todos bem junto à Crosta. Olhei aquele pequeno hospital espiritual e com pesar constatei que estava repleto de irmãos recém-desencarnados e todos por suicídio inconsciente. Em alguns, o excesso de álcool os havia levado a se excederem no trânsito, outros haviam desencarnado com overdose. Olhei aquelas crianças e pude ver que muitos meninos haviam sofrido parada cardíaca. Aproximei-me de um, com apenas doze anos, que babava muito.
O que ele teve? perguntei a um dos enfermeiros.
Misturou maconha com álcool e cocaína.

Cascata de Luz, pelo espírito Luiz Sérgio

http://www.grupopas.com.br/cadastroColuna/mostraArtigoColuna.do?id=190
 

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